Em tempos de escassez de água, é importante minimizar perdas. Garantir a vedação dos reservatórios – ou seja, não permitir vazamentos – é um jeito fácil. “A boa impermeabilização vale tanto nos grandes reservatórios dos municípios e estações de tratamento, como nas caixas d’água residenciais”, explica a engenheira Maria Amélia Silveira, consultora técnica do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI).
Isso vale principalmente para caixas feitas de materiais que permitem a passagem de água, tais como concreto ou alvenaria. Nesta última, a impermeabilização é ainda mais fundamental, já que a alvenaria é material muito poroso. Em contrapartida, caixas de fibra de vidro dispensam impermeabilizantes – são compostas por resina de poliéster que aglomera as fibras, promovendo sua vedação total.
Qual o impermeabilizante?
O cuidado com a vedação de caixas d’água de alvenaria começa desde o projeto e a construção. Além do peso da água que suportam, considere também os efeitos da diferença entre temperaturas internas e externas, e da ação de ventos (reservatórios que ficam expostos, sobre as coberturas).
Ao impermeabilizar, argamassas poliméricas são uma das opções, das mais rígidas (reservatórios enterrados, não sujeitos a grandes variações térmicas) às mais elásticas (para caixas sobre lajes). A consultora do IBI também indica outros materiais elásticos, como os poliuretanos.
Tanto argamassas poliméricas quanto impermeabilizantes de base epóxi ou poliuretanos podem ser usados em caixas d’água de fibrocimento. “Se o reservatório for de água potável, é preciso que o produto tenha sito testado para que não altere a potabilidade da água”, relembra a engenheira.
Principais cuidados
A impermeabilização deve ser aplicada sobre estruturas em boas condições – “sem falhas, trincas nem bicheiras”, salienta Silveira. Falhas pré-existentes devem ser tratadas antes. No caso de reformas ou reaplicação de impermeabilizante, a camada antiga do material será completamente removida. As melhores condições de aplicação são detalhadas na embalagem do produto: se o substrato tem de estar seco ou úmido, a quantidade mínima de demãos e o tempo mínimo ou máximo de espera entre elas – ou ainda o consumo adequado de produto por metro quadrado.
Sobre o preparo, se o material for bicomponente (formado a partir da mistura de catalisador com uma base, que pode ser uma resina, por exemplo), o endurecimento começa somente depois de feita a mistura. Em qualquer caso, vale respeitar o tempo total de cura do produto, antes de encher a caixa com água.
“É comum ver a impermeabilização de caixas feita em um ou dois dias, mas esse tempo não é suficiente para preparar a superfície, aplicar todas as demãos e deixar curar”, alerta a consultora do IBI.
Silveira afirma que o ideal é não tentar fazer sozinho: contrate profissionais capacitados e experientes para os serviços de impermeabilização.
Fonte: Mapa da Obra